O texto que se segue foi escrito quando se pensava que as II Jornadas iriam acontecer em 2020.

A pandemia provocada pelo vírus Sars-Cov-2, forçou o seu adiamento, estando agora convocadas para 17, 18 e 19 de novembro de 2022.

Esperamos pela sua participação presencial ou através da internet

A Comissão Organizadora

Seis anos volvidos sobre as 1.ª Jornadas “Memórias do Carvão”, que decorreram na Batalha e em Porto de Mós, onde se discutiu a problemática da preservação e valorização das memórias do trabalho e do património minero-industrial do carvão, é tempo de um novo olhar sobre a temática, agora num quadro onde emergem, de forma acutilante, os paradigmas da transição energética e das alterações climáticas.

A escolha do local

Rio Maior foi, durante parte do século XX, sede de uma importante exploração subterrânea de carvão (lignite) que abasteceu, entre outros clientes industriais, as centrais elétricas da Cachofarra e a Central Tejo exploradas pelas antigas UEP e CRGE. Embora as propriedades tecnológicas deste carvão impusessem algumas limitações ao seu uso, as reservas conhecidas chegaram a pontar a possibilidade de se construir, à boca da mina (Espadanal), uma central elétrica, projeto preterido perante outras opções. Permanecem ainda imponentes, embora despojados do seu recheio, as mais importantes peças do complexo fabril edificado no Espadanal, onde o carvão era processado, antes da sua exportação, notável peça de arquitetura industrial do Movimento Moderno.

Uma efeméride

Partindo de um cabedal de conhecimento sobre a importância do jazigo de lignite de Rio Maior adquirido ao longo de alguns anos de trabalhos de reconhecimento e exploração, e reunidos os capitais necessários, é constituída em 15 de setembro de 1920, num cartório do Porto, a Empresa Industrial Carbonífera e Electrotécnica, Lda. (EICEL), cujos objetivos principais eram a exploração industrial e comercial das minas de de carvão locais, o aproveitamento comercial e industrial da lignite e seus derivados e a produção de energia elétrica em centrais térmicas (cf. Estatutos). Com um capital social inicial de 450.000$00, a EICEL almejava fazer de Rio Maior, num prazo não muito longo “uma grande e próspera cidade”. Encerrou em 1969.

Novos desafios

De principal fonte de energia primária que foi, e ainda é em várias regiões do mundo, o carvão é um dos grandes responsáveis pela emissão de gases com efeito de estufa, assistindo-se à mobilização da Sociedade, em convénios internacionais de que se destaca o Acordo de Paris (2015) para incentivar a eliminação do seu uso, uma meta simultaneamente ambiciosa e difícil.

Na justa medida em que novos termos e conceitos passam do léxico à prática e implementação – leia-se sequestro de carbono e descarbonização ‒, novos elementos e testemunhos materiais vão sendo acrescentados, todo um património ligado à extração, transformação e usos do carvão entre os quais de destacam os complexos minero-industriais e as centrais elétricas, temas pertinentes das agendas económica, industrial e ambiental.

As Jornadas

Em modo presencial ou online, em link a fornecer aos inscritos, pretende-se criar um ambiente informal e facilitador de uma intensa troca de conhecimentos e experiências entre convidados e participantes, num envolvimento internacional, dimensão compatível com a transversalidade e universalidade das duas âncoras (aparentemente antagónicas) das Jornadas: ambiente e descarbonização e carvão e memórias industriais.

Organização

Eicel, 1920
SEDPGyM

Localização das Jornadas

Parceiros

Escola Superior de Desporto de Rio Maior
Museu Mineiro de S. Pedro da Cova
Roteiro de Minas e Pontos de Interesse Geológico em Portugal
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